JORNAL DOS ECONOMISTAS – EDIÇÃO DE NOVEMBRO DE 2019

JORNAL DOS ECONOMISTAS – EDIÇÃO DE NOVEMBRO DE 2019

A proximidade da data da rodada de licitações de áreas petrolíferas do excedente da cessão onerosa motivou a produção de uma edição sobre o setor de petróleo e energia brasileiro.

O bloco temático começa com uma entrevista com Guilherme Estrella, ex-diretor de exploração e produção da Petrobrás, o “descobridor do pré-sal”. Ele apresenta suas visões sobre o setor de petróleo e energia no Brasil e no mundo, a importância do pré-sal e da tecnologia para exploração em águas ultraprofundas e o papel da Petrobrás.

Eduardo Pinto, do IE/UFRJ, termina seu artigo com a conclusão de que o pré-sal, que poderia ser uma benção, está se tornando uma maldição para o Brasil, em virtude da atual estratégia da Petrobrás e governo, muito mais preocupados com interesses das grandes petroleiras (mudança dos índices de conteúdo local e subsídios tributários) do que com os nacionais.

Paulo César Ribeiro Lima, consultor do Senado, defende a alteração do modelo tributário sobre a renda das empresas petrolíferas que operam no Brasil, para evitar a perda de arrecadação de cerca de R$ 1,27 trilhão nos próximos 30 anos.

Adilson de Oliveira, do IE/UFRJ, avalia que o foco no curto pode culminar na maldição do petróleo. Na ausência de uma política de desenvolvimento industrial que perenize os benefícios da exploração petrolífera no estado, as empresas petrolíferas recorrerão à importação de bens, serviços e mão de obra e o Rio desperdiçará a oportunidade do pré-sal.

Ronaldo Bicalho, do Instituto Ilumina, aponta o fim do tripé (energia hidráulica, reservatórios e coordenação) que formava a base de sustentação do nosso modelo elétrico. O novo modelo deve ser calcado na singularidade, contemporaneidade e diversidade.

Fora do bloco temático, publicamos o resumo do trabalho de Dayane Ferreira Quintanilha, terceiro colocado no 28º Prêmio de Monografia.

O artigo do Fórum, em continuidade à série sobre o orçamento do município, analisa a evolução e a composição da arrecadação carioca, de 2012 até a atualidade.

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